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Equipe HoRa Os primeiros 20 dias serão de adaptação dos 166 tourinhos ao novo sistema
25/02/2019

Garrotes passam por avaliação de eficiência alimentar

Machos com idades entre 14 e 20 meses passarão 90 dias no sistema Intergado para medir consumo e ganho de peso

Começou no sábado (dia 23), a segunda avaliação de eficiência alimentar da HoRa Höfig Ramos na Fazenda Nossa Senhora de Fátima, em Brasilândia (MS). Desta vez, serão avaliados 166  machos PO de 14 a 20 meses. A avaliação terá duração de 90 dias, sendo que os primeiros 20 dias serão para adaptação dos animais ao sistema Intergado, com alimentação no cocho, que reproduz a matéria seca consumida no pasto de boa qualidade. Os resultados estão previstos para o  final de maio.

Segundo o doutorando em Zootecnia e responsável pelo teste, Adriano Crozara, os animais estão divididos em dois grupos por idade. Na primeira baia serão avaliados animais de 14, 15 e 16 meses e, na segunda, de 17, 18, 19 e alguns de 20 meses.  “Todos são animais da safra 2017/2018. Em cada grupo, a diferença de idade do mais velho para o mais novo é de 90 dias. Também vieram todos do mesmo pasto, do mesmo rebanho e estão adaptados uns aos outros, com o mesmo regime alimentar. Isso garante resultados reais”, explica. Crozara é colaborador do projeto de pesquisa de caracterização e seleção genética para eficiência alimentar, coordenado pelo pesquisador Claudio Magnabosco, da Embrapa Cerrados.

Com o sistema Intergado mensura-se o consumo dos animais cada vez que eles vão ao cocho. As instalações permitem que apenas um animal acesse o cocho por vez.  Através da leitura de brincos eletrônicos,  envia-se por RFID (identificação por radiofreqüência) a informação de consumo para a plataforma on line. Para o animal consumir água, ele precisa subir numa balança corporal, que é também acionada pelo brinco. Isso permite acompanhar a evolução do ganho de peso de cada animal cadastrado.

A única diferença entre este e o primeiro teste, realizado no final do ano passado com fêmeas precoces de um ano, é que serão realizadas ultrassonografias de carcaça tanto no início quanto no final da avaliação da eficiência alimentar. “Veremos como se desenvolve a área de olho de lombo e o acabamento desses animais, do início ao fim da prova. A ultrassonografia de carcaça faz parte da equação de previsão de consumo, que vai permitir uma melhor consistência nos dados”, explica. Mas, como no primeiro teste, as pesagens serão feitas diariamente nas balanças acopladas nos bebedouros, o que permite acompanhar a evolução ”, afirma.

Os garrotes selecionados para essa avaliação possuem todos os padrões de raças exigidos pelo Nelore PO e pela HoRa. E, de acordo com Crozara, a expectativa é que venham a consumir 2,5% quilo do seu peso vivo em matéria seca, o que também é do padrão Nelore. “Esperamos que tenham uma variação de ganho diário de peso entre 1 quilo e 1,5 quilo tal como aconteceu com a fêmeas. Possivelmente, um ganho até superior”, diz.  

Segundo ele, vale ressaltar que a avaliação mede não só o consumo alimentar residual (CAR) mas também o ganho residual. “É isso que vai permitir identificar o Consumo e Ganho Residual (CGR), que mostra os animais que consomem em menor quantidade que os demais e apresentam ganho de peso superior aos outros. É esse animal que a gente busca, o que tem eficiência alimentar”, explica.

Todos os dados coletados durante a prova de eficiência alimentar, como peso, consumo, ganho e ultrassonografia de carcaça serão enviados para a Base de Dados da Asssociação Nacional de Criadores e Produtores (ANCP). Essas informações permitem gerar as DEPs de CAR, IMS, ACAB, Pesos, entre outras.

Segundo o diretor-executivo da HoRa, José Roberto Höfig Ramos, todos os animais da HoRa passarão por avaliação de eficiência alimentar, inclusive os da Genética Podium. “A meta é buscar sempre os melhores animais, com as principais características de produção fixadas no seu genoma. E hoje, a eficiência alimentar é uma das características mais procuradas”, diz. Segundo ele, a reduzir custos de produção é  importante para garantir a atividade econômica.  “Produzir mais carne com menos custos significa maior rendimento final para o pecuarista”, afirma.