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20/01/2020

Os 5 G da HoRa: os touros excepcionais que entraram em centrais

Animais são resultado do trabalho de genética multiqualificada que a Höfig Ramos vem construindo ao longo dos anos

O ano de 2019 foi excelente para a HoRa Höfig Ramos, de Brasilândia (MS), que, de uma única vez, colocou cinco animais de genética excepcional em centrais de coleta de sêmen. Os touros Gatilho, Gênio, Godzilla, Gold e Guerreiro – os 5G da HoRa – são o resultado de três décadas de trabalho de melhoramento genético, de investimentos, cruzamentos calculados, tecnologias aplicadas e muita dedicação.

O veterinário, mestre em Ciência Animal pela Universidade da Califórnia -Davis e sócio proprietário da Aval Serviços Tecnológicos, Fabiano Araújo, é um dos responsáveis pelo resultado. Desde 2002, ele faz a seleção genética do rebanho da HoRa, que também participa dos programas de melhoramentos da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) e da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) no PMGz.  “Há algum tempo, a gente vinha falando na HoRa em animais multiqualificados. A HoRa já estava se posicionando bem no mercado de touros melhoradores, mas queríamos mais”, diz.

Araújo explica que, a partir da safra 2017 ou G, foram adicionadas características importantes no rebanho HoRa, além daquilo que já vinha sendo feito como desempenho, fertilidade, rendimento de carcaça e outras características de ultrassonografia. Segundo ele, um dos grandes implementos foram as provas de eficiência alimentar, não só intrarrebanho – com o Intergado – mas também participando de provas da Embrapa Cerrados. “E estamos fazendo, pelo segundo ano, a avaliação na produção de sêmen, na puberdade machos, que é uma característica importante para termos esse animal multiqualificado”, afirma.

 

“Foi a partir desse alinhamento de características que foram identificados animais não só bons de desempenho, de rendimentos, mas também agregando eficiência alimentar e produção de sêmen. O resultado foram esses cinco animais que chamaram muita atenção na safra G, 2017”, explica.

Como responsável técnico pelos 5G da HoRa, Araújo conhece cada característica dos animais. Gatilho, contratado pela CRV Lagoa, é excelente, garante. “Um animal que produziu sêmen precoce, maior área de olho de lombo de toda safra, características de maternais grandes, com características de rendimento, ficou em oitavo na prova de eficiência, um espetáculo de garrote, com caracterização, com rendimento, materno muito correto”, aponta.

O Gênio, contratado pela CRV Lagoa, foi touro destaque na prova de ganho de peso da Embrapa. “É um garrote de abertura em termos de opções de acasalamento, foi um dos líderes, terceiro na prova eficiência alimentar numa prova consistente, gerida pelo professor e pesquisador Cláudio Magnabosco, dentro da Embrapa Cerrados. Um dos touros que atendeu muito bem as exigências em termos de produtividade”, garante.

Dos filhos do Sherlock, Godzilla, contratado pela Accelerated Genetics, é um dos touros que mais surpreende, segundo ele. “O Sherlock da Matinha vem produzindo um grande diferencial quando se avalia touros para eficiência alimentar, porque realmente tem colocado touros líderes para essa característica. E esse touro foi um líder na eficiência alimentar na safra 2017. É um touro de porte médio, muito bem caracterizado, de boas profundidades, de uma eficiência alimentar impressionante e que vem como opção de acasalamento para várias outras linhagens”, explica.

“Gold, contratado pela Accelerated Genetics, é o maior mérito genético da safra, um dos maiores do programa da ANCP, um touro espetacular”, diz. Ele também é o  melhor touro na DEP 450 dias da safra 2017 da ANCP.

O Guerreiro, contratado pela Alta Genetics, é um dos touros importantes dessa safra. “Ele produziu sêmen aos 11 meses de idade. É o quarto melhor touro em eficiência avaliado pelo Intergado na safra 2017. Touro muito harmonioso, que põe muito desempenho e terminação sem por tamanho, animal muito profundo, mediano de boas amplitudes, alinhado com essa parte de precocidade sexual e eficiência alimentar”, diz.

De acordo com Araújo, foi uma safra de muito bom aproveitamento, de “colheita farta”. “Um rebanho igual a esse, termos cinco touros de qualidade contratados, com as centrais vindo buscar, é muito bom mas é só parte do compromisso da HoRa de entregar resultados e informações de qualidade. Porque é isso que gera relações de confiança com o mercado”, assegura.

Para o gerente comercial da HoRa, Luiz Tavares, a meta é produzir mais touros desse nível de qualidade. “Estamos nos focando na produção de animais que tragam resultados para o produtor. Os cinco animais em centrais são os que mais se destacaram, mas temos touros melhoradores de nível excelente para serem usados como touros de repasse na estação de monta”, garante.

“O objetivo da HoRa é produzir touros melhoradores que possam contribuir com o desenvolvimento da pecuária brasileira, trazendo características que se adaptem às necessidades do rebanho. Esses cinco reprodutores darão impulso nesse projeto. A partir das centrais, poderão ajudar nessa proposta. Queremos trabalhar com nossos parceiros para que tenhamos cada vez mais touros desse tipo, para atendermos nossos clientes”, explica José Roberto Höfig Ramos, diretor executivo da HoRa.

Parceiros

Dos quatro touros comercializados em leilões, a HoRa fez questão de desenvolver parcerias disponibilizando sua genética para criadores que tem investido no Nelore em suas propriedades. Godzilla foi contratado diretamente na propriedade pela Accelereted.

É o caso de Wilson Roberto Costa, de Cornélio Procópio (PR), que adquiriu 50% do Gatilho no 6º. Leilão Genética Provada HoRa, durante a Expogenética e que vem investindo no Nelore. Segundo o veterinário Fabio Segabinazzi, que atende a propriedade, eles procuravam um animal para entrar em parceria. “Ficamos sabendo do Gatilho na Expogenética. O animal em si é muito equilibrado, tem uma boa avaliação genética, uma boa prova, é um touro que vem da seleção precoce da HoRa. Vai ser muito usado nessa estação de monta que estamos trabalhando agora, em 2019-2020”, diz. “Acompanho o trabalho do Fabiano Araújo desde 2007, conheço a confiabilidade das informações, gosto muito do perfil dos animais e da bezerrada que esses animais produzem”, afirma.

 

Parceiro no Gold, Raphael dos Santos, da Agropecuária Terra Nova, acredita que a pecuária está passando por mudanças, que não basta mais entregar carne ao frigorífico. “Precisamos produzir o máximo em qualidade no menor tempo possível, e o pecuarista que não entender isso encontrará dificuldades de se manter na atividade. O trabalho que a Hora faz vem de encontro com esse novo momento da pecuária, avaliações sérias nos animais sempre buscando indicadores baseados em produtividade e desempenho, que são na minha opinião o único caminho para se ter lucratividade”, afirma.  

Segundo ele, foi um prazer se tornar sócio da Hora no animal de destaque de sua produção, o Gold da Hora. “Ele foi o número dois no MGTe do sumário da ANCP 2019 e o número um para DEP450. O nível da concorrência de seus contemporâneos está cada vez mais acirrada, e ter esse resultado nos mostra a seriedade do trabalho que está sendo feito, é o touro certo para quem acredita em resultados provados e não em expectativas”, explica Santos.

A Workshow Agropecuária também é parceira da HoRa, com a aquisição de 50% do touro Gênio. Segundo o veterinário Walter Domingues da Silva, da Melhora +, que trabalha com a Work, a agropecuária atua em toda cadeia pecuária – da produção de leite, carne e seleção da raça Nelore. “Por isso, conhece as necessidades do sistema de produção e sabe a importância de ser eficiente.  Para alcançar a otimização da produtividade de seu sistema de seleção, a empresa faz uso das mais modernas tecnologias disponíveis para escolha de seus reprodutores e matrizes”, explica.

Assim, quando a Workshow estabelece parcerias, avalia os objetivos do parceiro. “Estes têm de ter objetivos e recursos tecnológicos semelhantes e serem conhecedores das necessidades da pecuária de corte. A parceria com a HoRa Höfig Ramos, realizando leilões e buscando material genético, visa facilitar o caminho da seleção, sabendo que esta possui os mesmos objetivos de seleção: aumento de produtividade com subsequente aumento na lucratividade da exploração pecuária”, diz.

Para a HoRa, as parcerias significam o reconhecimento do trabalho desenvolvido e a multiplicação da genética, de forma que todos saiam ganhando. “São pessoas que pensam como a gente, que confiam no nosso trabalho e querem lucratividade e melhoria no rebanho. Mais que parceiros, agora são amigos”, diz José Roberto.